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Guaibasaurus candelariensis

O Guaibassauro foi um dinossauro primitivo que viveu no Brasil durante o Período Triássico, num tempo em que os dinossauros ainda estavam surgindo e todos os continentes estavam unidos em uma única massa de terra, a Pangéia.

CLASSIFICAÇÃO:

 

FILO: CORDADO

CLASSE: REPTILIA

SUPERORDEM: DINOSAURIA

ORDEM: SAURISCHIA

SUBORDEM: SAUROPODOMORPHA

INFRAORDEM: PROSAUROPODA

FAMÍLIA: GUAIBASAURIDAE

GÊNERO: GUAIBASAURUS

ESPÉCIE: GUAIBASAURUS CANDELARIENSIS

 Fig. 1: retirado de http://www.dinosaurfact.net/Pictures/Guaibasaurus.jpg  (10/07/2015 às 18:20)

DESCOBERTA:

 

     Foram encontrados dois indivíduos de Guaibasaurus candelariensis, representados por fósseis quase completos que estavam juntos um do outro. Eles foram desenterrados por volta do ano de 1998, graças ao patrocínio do Projeto Pró-Guaíba, do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), do FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Toda a prospecção e trabalho de campo foi organizado pelo Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. 

    Os fósseis foram desenterrados na região central do estado do Rio Grande do Sul, a 7,5 km da cidade de Candelária, próximo à BR 287, a Rodovia da Integração, que corta transversalmente todo o estado. O local fica na chamada Formação Caturrita, dentro da Bacia do Paraná, sendo datado do final do Período Triássico, na idade do Noriano (227 a 208,5 milhões de anos atrás). Contudo, outros fósseis da mesma espécie, encontrados em 2010, podem indicar que ele tenha vivido no final da idade do Carniano, entre 237 a 227 milhões de anos atrás.

    O Guaibassauro foi apresentado ao meio acadêmico em 1999, pelos paleontólogos José Bonaparte, Jorge Ferigolo e Ana Maria Ribeiro, sendo proposto por eles uma nova família de dinossauros, os Guaubasauridae.

ETIMOLOGIA:

    O nome Guaibasaurus remete à Bacia Hidrográfica do Rio Guaíba, onde o espécime foi encontrado, bem como uma homenagem ao Projeto Pró-Guaíba, que patrocinou e ainda patrocina expedições paleontológicas na região. Já o nome da espécie, candelariensis é uma referência ao município de Candelária.

 Fig. 2: retirado de  http://www.deviantart.com/art/Guaibasaurus-candelariensis-342627945 (10/07/2015 às 18:20). Arte de Rafael Albo.

O DINOSSAURO:

 

    O Guaibassauro foi um animal bípede, com 1,8 metros de comprimento, uma altura de 1 metro, deveria pesar em torno de 75 quilos. O ambiente que vivia era bem no meio do Supercontinente Pangeia, com climas que variavam entre árido e úmido, já que no mesmo local foram encontrados fósseis tanto de Dicinodontes quanto de Rincossauros, que viviam respectivamente em climas amenos e climas mais secos.

    A alimentação do Guaibasaurus é desconhecida, já que sua mandíbula e dentes não foram encontrados em bom estado. Acredita-se que tenha sido um animal carnívoro, mesmo pertencendo ao grupo dos prossaurópodes (animais herbívoros). Como aquela época se tratava do início do desenvolvimento dos dinossauros, muitos destes animais tinha características bem diferentes da que seus descendentes teriam milhões de anos depois.

    Por exemplo, Guaibassauro tinha 5 dedos nos pés, sendo 4 principais e um pequeno subindo pelo calcanhar, e  5 dedos nas mãos, bem diferente do que se vê em dinossauros do Jurássico e Cretáceo, visto que o Guaibassauro era bem primitivo e tinha características de vários outros tipos de dinossauros.

          

 

AMBIENTE DO TRIÁSSICO:

   Apesar de algumas incertezas quanto à sua classificação, Guaibasaurus candelariensis vivia em bando, devia ser um bom corredor para caçar ou mesmo se proteger de predadores, já que ele era um coadjuvante naquele mundo. Ele compartilhou o território com Dicinodontes, que eram mamíferos bem primitivos, Rincossauros, que eram répteis herbívoros com dentes bem estranhos e predadores como Cinodontes, parecidos com os lobos atuais.

   Nesta época a Terra estava passando por mudanças: o clima estava ficando mais quente, os continentes estavam se separando e novos grupos de animais surgindo. No final, boa parte dos animais que haviam desapareceram e, assim, os dinossauros puderam se espalhar e dominar todo o mundo por milhões de anos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 

José F. Bonaparte, Jorge Ferigolo and Ana Maria Ribeiro (1999). "A new early Late Triassic saurischian dinosaur from Rio Grande do Sol state, Brazil". Proceedings of the Second Gondwanan Dinosaur Symposium, National Science Museum Monographs 15: 89–109.

 

Max C. Langer; Jonathas S. Bittencourt; Cesar L. Schultz (2011). "A reassessment of the basal dinosaur Guaibasaurus candelariensis, from the Late Triassic Caturrita Formation of south Brazil". Earth and Environmental Science Transactions of the Royal Society of Edinburgh. 101 (3–4): 301–332.

 

http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/arqueologia-e-paleontologia/um-dia-da-caca-outro-do-pesquisador/?searchterm=guaibasaurus

 

http://www.ufrgs.br/paleovert/paleo/projeto/

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