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Amazonsaurus maranhensis

O Amazonsaurus maranhensis é o primeiro dinossauro descrito na região considerada como Amazônia Legal, sendo um saurópode de proporções pequenas, que viveu em uma região alagável e com proximidade com o continente Africano. 

CLASSIFICAÇÃO:

 

FILO: CORDADO

CLASSE: REPTILIA

SUPERORDEM: DINOSAURIA

ORDEM: SAURISCHIA

SUBORDEM: SAUROPODOMORPHA

INFRAORDEM: SAUROPODA

SUPERFAMÍLIA: DIPLODOCOIDEA

FAMÍLIA: REBBACHISAURIDAE

GÊNERO: AMAZONSAURUS

ESPÉCIE: AMAZONSAURUS MARANHENSIS

Fig. 1 retirado de http://www.faperj.br/interna.phtml?obj_id=941 Arte de Ariel (24/01/12 às 18:10).

DESCOBERTA:

 

   Restos do dinossauro foram encontrados próximos ao rio Itapecuru, na Formação Itapecuru (Bacia do Parnaíba) que fica na região de Itapecuru-mirim, estado do Maranhão, Brasil. Estudos nesta região têm sido feitos há cerca de 40 anos pelo professor da UFRJ, Cândido Simões, que no ano de 1991 acabou por “tropeçar” numa vertebra do Amazonssauro, iniciando as escavações dos fósseis desse dinossauro.

   Até a descoberta dele somente eram conhecidos dentes e ossos isolados de dinossauros na região amazônica. No local também foram encontrados restos de répteis, moluscos terrestres, pólens e peixes, indicando que a área habitada pelo Amazonssauro era uma planície constantemente alagada e próxima ao mar.

   O Amazonssauro foi apresentado no meio científico no ano de 2003, graças aos mais de 100 fragmentos fósseis estudados pelos paleontólogos Ismar de Souza Carvalho, Leonardo dos Santos Avilla e Leonardo Salgado.

O DINOSSAURO:

 

   Com cerca de 10 metros de comprimento e 2 metros de altura, o Amazonsaurus maranhensis tinha um pescoço bem longo, para ajudar a alcançar as folhas das árvores e um rabo bem comprido em formato de chicote, usado contra os predadores. Ele foi um dos menores saurópodes encontrados no Brasil, pelo menos em comparação com seus parentes da América do Norte, que chegavam a 30 metros de comprimento no período Jurássico.

   Seu nome é referência ao local do seu achado, no caso a região amazônica no Estado do Maranhão. Herbívoro e quadrúpede, ele provavelmente vivia em bandos e, devido a sua estrutura óssea, talvez pudesse boiar para atravessar rios ou mesmo áreas alagadas. Ele é dos mais antigos saurópodes encontrados no país, sendo datado entre 125 a 100,5 milhões de anos, durante o Cretáceo Inferior entre as eras Aptiana e Albiana.

Fig. 2 Comparação de tamanho entre homem, elefante e outro saurópode em relação ao Amazonssauro.  Arte de Ariel. Retirado de http://www.faperj.br/interna.phtml?obj_id=941(28/01/12 às 14:20)

LIGAÇÃO CONTINENTAL:

 

   O Brasil tem como principal referência de dinossauros saurópodes os Titanossauros, então o registro de um Diplodocoidea é uma descoberta importante, pois se acreditava que o grupo havia desaparecido no Jurássico. Entretanto parece que esses animais migraram para mais ao sul do planeta, indo para o continente africano e dai para a América do Sul durante o Cretáceo.

   Existe certa relação entre o Amazonssauro e outros diplodocoidea da África como o Rebbachisaurus, dinossauro do mesmo grupo que viveu a cerca de 99 milhões de anos, e que restos foram encontrados no Brasil também. Provavelmente existiu uma troca faunística extensa entre o continente Africano e a America do Sul, até que com a separação dos continentes os animais foram isolados.

  Foi essa mesma movimentação que fez surgir inúmeros vulcões na região que hoje está a Bacia Bauru, nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerias e Paraná, no Brasil. Isto fez com que também ocorresse uma separação de fauna entre o Brasil e a Argentina naquele tempo, pois os animais não conseguiam atravessar as áreas vulcânicas.

Fig. 3 Amazonssauro retirado de http://www.faperj.br/interna.phtml?obj_id=941  (28/01/12 às 15:00). 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 

Carvalho, I.S., Avilla, L.S., & Salgado, L. 2003. Amazonsaurus maranhensis gen. et sp. nov. (Sauropoda, Diplodocoidea) from the Lower Cretaceous (Aptian–Albian) of Brazil. Cretaceous Research. 24: 697-713.

 

http://www.faperj.br/interna.phtml?obj_id=942

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