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Barreirosuchus fransciscoi

O Barreirosuchus fransciscoi foi uma espécie semiaquática de réptil que existiu no Brasil durante o período Cretáceo, tendo vivido em rios e lagos, além de ser muito parecido com os jacarés atuais. Ele foi encontrado num terreno formado por deposição fluvial, junto com restos de uma tartaruga e um dente crocodilomorfo.     

CLASSIFICAÇÃO:

 

FILO: CORDADO

CLASSE: REPTILIA

SUPERORDEM: CROCODYLOMORPHA

CLADO: CROCODYLIFORME

CLADO: MESOEUCROCODYLIA

CLADO: METASUCHIA

CLADO: NEOSUCHIA

SUBORDEM: NOTOSUCHIA

CLADO: ZIPHOSUCHIA

CLADO: SEBECIA

FAMÍLIA: ITASUCHIDAE

GÊNERO: BARREIROSUCHUS

ESPÉCIE: BARREIROSUCHUS FRANSCISCOI

Barreirosuchus.jpg

Fig. 1: Vista do Barreirosuchus, arte de Pepi.

DESCOBERTA:

 

     Os restos do Barreirosuchus foram encontrados no estado de São Paulo, a 4 Km da cidade de Monte Alto, quando um equipe realizava uma prospecção de fósseis no local, em maio do ano 2000. Preso a uma escarpa da Serra do Jaboticabal, primeiro foram identificados restos do crânio do animal e, logo atrás, uma série de quatro vértebras. Outras buscas foram feitas no local, mas nenhum outro material relacionado ao animal foi encontrado.

    Depois de recolhido, os fósseis foram encaminhados para serem guardados no Museu de Paleontologia de Monte Alto. Mais tarde eles foram preparados e estudados, sendo que no ano de 2012 o Barreirosuchus foi apresentado a público, através de artigo publicado pelos paleontólogos Fabiano Vidoi Iori e Karina Lucia Garcia.

ETIMOLOGIA:

 

     O nome Barreirosuchus vem da junção da palavra Barreiro, que é o nome do bairro rural de Monte Alto onde os fósseis foram encontrados, e a palavra suchus que em grego significa crocodilo. Já o nome específico é uma homenagem à Cledinei Aparecido Francisco, técnico em escavações do Museu de Paleontologia de Monte Alto.

 

            

O ANIMAL:

 

     O Barreirosuchus fransciscoi foi uma animal muito semelhante aos jacarés e crocodilos de hoje em dia, tendo vivido em rios e lagos, além de se alimentar de presas variadas como peixes, tartarugas e até animais terrestres que se aproximassem da água. Seu crânio era levemente triangular e media 50 centímetros, enquanto que seu comprimento total, da cabeça à cauda era de quatro metros, sendo um dos maiores animais semiaquáticos do Cretáceo brasileiro já encontrado.

     Barreirosuchus foi encontrado na Formação Adamantina, Bacia Bauru, tendo habito a região de Monte Alto no Cretáceo Superior, entre as era do Turoniano e Santoniano, que vão de 93,9 milhões de anos até 86,3 milhões de anos atrás. Ele conviveu com dinossauros e crocodilos terrestres, como Montealtosuchus, Morrinhosuchus, Sphagesaurus, Stratiotosuchus e Caipirasuchus, todos descobertos no município.

 

 

AMBIENTE:

 

    A região da Bacia Bauru, durante o Cretáceo, tinha como característica um ambiente árido e semiárido, impossibilitando a sobrevivência de muitos animais. Todavia muitos restos fósseis de diferentes tipos de animais, tais como tartarugas e outros quelônios, demonstraram aos cientistas que era possível sobreviver neste ambiente, pois rios e lagos permaneciam durante as secas.

     O Barreirosuchus é uma evidência clara de que rios e lagos continuavam a existir durante as secas, visto que ele era um animal de grande porte com hábitos aquáticos e, portanto, não sobreviveria sem alimento suficiente e sem um local com corpos d’águas.   

Fig. 2: retirado de http://www.inkart.net/animals/images/large/siamese_crocodile.jpg (09/06/15 às 23:30). 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 

Iori, Fabiano Vidoi; Garcia, Karina Lucia (2012). "Barreirosuchus franciscoi, um novo Crocodylomorpha Trematochampsidae da Bacia Bauru, Brasil". Revista Brasileira de Geociências 42 (2): 397–410.

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