DINOSSAUROS & AFINS
Adamantisaurus mezzalirai
O Adamantissauro está entre os primeiros dinossauros descritos no território brasileiro, tendo sido uma dentre as várias espécies de saurópodes que viveram durante o Cretáceo no Brasil. Era um animal grande, de pescoço e cauda longos, o que ajudava muito na proteção contra os predadores da época.
CLASSIFICAÇÃO:
FILO: CORDADO
CLASSE: REPTILIA
SUPERORDEM: DINOSAURIA
ORDEM: SAURISCHIA
SUBORDEM: SAUROPODOMORPHA
INFRAORDEM: SAUROPODA
CLADO: TITANOSAURIA
GÊNERO: ADAMANTISAURUS
ESPÉCIE: ADAMANTISAURUS MEZZALIRAI
Fig. 1: retirado de http://www.dinozavro.ru/melovoy/images/adamantisaurus.jpg (23/05/2015 às 16:35).
DESCOBERTA:
Os fósseis do Adamantissauro foram descobertos no ano de 1958, durante a construção de uma linha férrea entre as cidades de Adamantina e Irapurú, no município de Flórida Paulista, estado de São Paulo. Este achado veio acompanhado por dentes fósseis de titanossauros e um fóssil praticamente completo de tartaruga. O responsável pela coleta dos fósseis do dinossauro e descrição dos mesmos foi o paleontólogo Sérgio Mezzalira, embora não tenha batizado o dinossauro. Os fósseis foram guardados no Museu Geológico Valdemar Lefèvre, Parque Água Branca, cidade de São Paulo, e descritos somente em 2004, 46 anos depois, pelos paleontólogos Rodrigo Santucci e Reinaldo Bertini.
ETIMOLOGIA:
O nome Adamantisaurus é uma referência à localidade estratigráfica do achado, a Formação Adamantina, no estado de São Paulo, enquanto que saurus significado lagarto em grego. O nome da espécie é uma homenagem a quem coletou e primeiro estudou os fósseis, o Dr. Sérgio Mezzalira.
O DINOSSAURO:
Animal de hábitos herbívoros, o Adamantissauro foi um grande saurópode que media em torno de 4 metros de altura e 15 de comprimento, e viveu no Período Cretáceo entre as eras Campaniana e Maastrichtiana (entre 86,6 e 66 milhões de anos). Tinha pescoço e cauda longos, uma cabeça pequena, com dentes finos usados para colher folhas das árvores, mas não para mastigar. O ambiente em que viveu era marcado por tempos de seca e chuvas, embora durante as secas nem todos os rios secassem, permitindo a sobrevivência de boa parte da fauna no local.
O tamanho avantajado do Adamantissauro deveria ajudar contra os predadores da época, sem levar em conta as osteodermas nas costas do animal, que também o protegiam. Infelizmente, só foram encontrados até agora partes da cauda do animal, o que dificulta saber mais sobre este dinossauro, contudo ele é mais um representante da família dos titanossauros no Brasil, que habitaram e se tornaram os dinossauros mais comuns na América do Sul durante o Cretáceo.
Fig. 2 Desenho de Felipe Elias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Santucci, R.A & Bertini, R.J. 2006. A new titanosaur from western São Paulo State, Upper Cretaceous Bauru Group, south-east Brazil. Palaeontology. 49(1): 171-185.